Olhar no Espelho

Olho no espelho
Vejo olhos escuros
Às vezes sombrios
Cínicos ou ardendo em fogo inconsumível...

Olho no espelho da alma
Não posso confundir
Nem dizer que a iniquidade
E a ignorância toma conta de mim...

Pela primeira vez reconheço
Que minha alma é doente
Necessitada de amparo e paciência
Proteção e persistência

Persistência em reconhecer-me
Um mendigo da luz
Do perdão e amor sinceros
Que não se compram e não brotam da terra despreparada e dura...

Analiso aqueles olhos
Vejo mais do que a aparente pompa
Despeito e orgulho...
Vejo tristeza...

Finalmente reconheço que na verdade
Sou infeliz e penso na felicidade
Sem querer doar
Um pouco do que tenho

Ou reconhecer que pouco possuo
Que pequeno eu sou
Perante Deus, o Criador
Do eterno amor!

Olho no espelho
Todos os dias e pouco a pouco
Vejo que procuro mudar o meu jeito
Pois com uma pitada de amor sempre se dá um bom jeito!

Sodré, o ritmista olhando no espelho da alma para dar um bom jeito – 01.02.13, psicografado por Jerônimo Marques.

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