Segura na Mão de Deus
Foi naquele dia chuvoso que Otacílio parou seu carro num acostamento e observou a chuva caindo sobre o seu para-brisa, era como se Deus estivesse falando com ele. Pensava: “É engraçado... tudo está alagado, nem posso seguir em frente para não me arriscar na viagem. Quando olho para os pingos que caem no para-brisa... São tão pequenos! Não devem nem encher o fundo de um pequeno copo... A união faz a força, como diz o ditado”. Otacílio divagava sobre a vida. Não esquentava a cabeça como muitos já teriam feito. Mal sabia que se prosseguisse estaria arriscando-se para um desencarne prematuro, quando uma carreta perdera o controle e invadira a outra pista sem maiores problemas. Contudo, se nosso amigo tivesse seguido em frente teria sido pego por aquele caminhão: ainda dizemos que não existe misericórdia Divina. Otacílio era um bom trabalhador, bom esposo e pai. Procurava doar seu tempo livre em atividades voluntárias aos menos favorecidos. Advogado, ao contrário de muitos, era extrem...