Esclarecendo Dúvidas - Podemos Generalizar um Perfil de Evangelizandos na Atualidade?
Nosso evangelizando tem mostrado-se cada dia mais dinâmico, por vezes agitado e inquieto, contudo, com um cabedal de informações muito maiores do que anos antes.
O avanço das comunicações, da educação, das vivências diante de uma sociedade tão dinâmica e variada levaram a certa mudança e padronização dos comportamentos. O que ainda não é algo geral, basta observar numa turma de dez evangelizandos, há uma disparidade de pensamentos, histórias de vida e comportamentos devidos há vários fatores internos, externos, de criação e da própria personalidade da criança e do jovem.
Hoje a criança tem acesso a um mundo de informações desde a mais tenra idade. Há pais que sabiamente cantam, contam histórias, conversam com os bebês ainda no ventre materno. Contudo, por incrível que pareça, nem sempre tais ações estão focadas na moral do ser humano. Portanto, os pais devem ter mais cuidado1 ao buscar oferecer tais atenções aos filhos no ventre, primando por mensagens possuidoras de teor moral.
Dependendo do que se faz, do que se fala é melhor deixar de fazer e falar, pois pode conturbar a própria gravidez. Contudo o ideal é que se faça o bem. Contem histórias belas que trazem sentimentos de paz, fraternidade, amor, respeito. Quer um exemplo? As parábolas2 de Jesus! Nada melhor do que isso. Músicas? Clássicas e algumas infantis que trazem uma boa mensagem e que não incentive o consumismo e características capitalistas.
Ao nascer, os pais devem procurar a simplicidade das vestes, dos berços, carrinhos, acessórios e tudo mais. Não dizemos que não se possa ter algo prático e com tecnologia. Mas nada que exalte o materialismo. Isso é coisa para o ego dos pais. As crianças precisam basicamente de amor e disciplina, desde tenra idade.
Crianças3 não devem ser educadas pela TV4, pela internet ou outros aparelhos eletrônicos. Devem evitar ser negligenciadas e relegadas a atividades fúteis. A criança raciocina desde cedo. O problema é que queremos oferecer tudo em suas pequenas mãos e não a deixamos exercitar o esforço. Não falamos que devemos deixá-la a mercê de aprender e se esforçar, trabalhar sozinhas. A questão não é essa. Mas sim de buscar estimulá-la a pensar, raciocinar e valorizar o que ganhou e tem na vida. Criança que só ouve sim será propensa ao egoísmo, ao orgulho doentio e a vaidade descabida.
Aos pais que tem que ganhar o pão material e não podem educar os filhos nas vinte e quatro horas diárias devem preferir deixar as crianças num clima familiar, com os avós, por exemplo, do que com pessoas desconhecidas que muitas vezes para não ter trabalho oferecem o mais fácil, cômodo para ter sossego. Isto não significa que os pais não devem pedir a cooperação dos avós e colocar disciplinas a serem cumpridas. Tudo é conversado e planejado. Mesmo assim, há profissionais excelentes que são responsáveis neste aspecto.
Quanto ao perfil dos atuais evangelizandos... São muito dinâmicos, inteligentes, vaidosos e ao mesmo tempo preguiçosos para pensar. Conquanto, quando estimulados propriamente respondem a estes estímulos com facilidade e grande crítica construtiva. Até a pré-adolescência são muito mais maleáveis5 para receber boas orientações e serem moldados para formarem-se como cidadãos críticos perante a Lei Divina. Uma criticidade responsável e baseada nas Leis do Amor!
Enfim, o “material” de trabalho para a evangelização é um campo fértil a ser cultivado e semeado! Basta trabalhar com amor e humildade e a Terra sairá ganhando com os novos cidadãos que contribuirão para um mundo melhor!
Assim, finalizamos essa pequena reflexão sobre a evangelização. Há muito mais a analisar e refletir, mas este é um trabalho contínuo de aperfeiçoamento. Mãos a obra!
Jesair Pedinte e amigos – 26.08.11
1 - “O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas, e os pais cristãos não podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos, nas grandes revelações da vida. Em nenhuma hipótese, essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser encarada com indiferença.” (EMMANUEL, O Consolador. 28 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
2 - “As parábolas do Mestre Nazareno são lições imortais que nos ajudam a compreender a vida e cuja oportunidade e realidade poderemos constatar diariamente, as peripécias da vida prática de cada um. [...]” (PEREIRA, Yvone A. À Luz do Consolador. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997)
3 - “A criança é um Espírito portador de muitas experiências transitando no reino infantil, com tendências boas e más, com equipamentos saudáveis ou não, muito necessitada de assistência continuada e de orientação incessante.” (PASTORINO, Carlos Torres. Impermanência e Imortalidade. 4 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005)
4 - “De alguma forma, a televisão tem substituído a função materna. [...]. Está sempre à disposição, oferecendo a sua companhia a qualquer hora do dia ou da noite. Alimenta o imaginário infantil com todo tipo de fantasias e contos. [...]. E, como uma mãe branda, nunca exige nada em troca [...]. Os pais devem lembrar que apesar das transformações pelas quais passa a família, esta continua sendo a primeira fonte de influência comportamental, emocional e ética na criança. A família precisa aproveitar a grande influência da TV na criança de maneira correta, levando-a a assistir programas bons, evitando os horários ruins, ou ainda levando-a para longe da TV e para perto de outra atividade. [...] Aquela criança que podia brincar de amarelinha, de esconde-esconde, subir em árvores, correr, sem perigo, hoje está “presa” em um apartamento e tem como companhia a TV e seus desenhos animados. [...]. E aí está o perigo. Os pais deixam os filhos livres para assistirem o que quiserem e o tempo que quiserem. De maneira geral, os pais precisam recordar da outra parte importante: atividades saudáveis, convívio com outras crianças, jogos de socialização; coisas tão fundamentais para o desenvolvimento infantil.” (OLIVEIRA SILVA. Sônia das Graças. Especialista em Educação Infantil pela UFJF, Pós Graduada em Mídia e Deficiência, na Faculdade de Comunicação da UFJF. www.artigonal.com Acesso em: 28 de setembro de 2011)
5 - “[...] Até aos sete anos de idade, o Espírito reencarnado se encontra em fase de adaptação à nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer o novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar [...].” (EMMANUEL, O Consolador. 28 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
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