Desejo da Terra

Eu desejo o que seja belo e não o que esteja sem elo...
Desejo a paz que não conquistei nos anos tristes que caminhei...
Desejo a luz nas esquinas em meio à sovinas...
Desejo a frase bem feita contando os causos sem contrafeitas...
Desejo luz perante as trevas, pois nos falta mais coisas certas...
Desejo o caminho da paz que sou eu quem faz...
Desejo o sorriso moribundo do cálice amargo do mundo...
Desejo a fibra dos atos em meio a tantos fatos...
Desejo da Terra o que ela me deseja:
Respeito, paz, amor, solidariedade, justiça, perfeição!

E por que até agora não conquistei tudo isso em minha evolução? Será que me falta ação? Ação com boa emoção! Ação com direção! Ação perante a multidão de desvalidos, falidos, descompostos... Miseráveis do corpo, miseráveis da alma... Por que desejo da Terra a fartura se na alma me falta altura?

Simplesmente cruzo os braços em meio a tantos rastros de fuligem em meu espírito que considero limpo...

Não ouso elevar-me na condição de evangelizador, só ouso dizer que sou um pecador!

Só ouso dizer que não quero mais ser este ser que só quer mais pra si e menos para quem realmente merece e faz!

Desejo, mas não posso só desejar, tenho que lutar! Amaciar a carne, fazê-la menos dura para que a dureza não tome conta do coração, não bata a porta da solidão. Desejo parar de apenas desejar, e sim começar a trabalhar!

O bem é prodigioso e amoroso! Basta querer, basta lutar, basta amar sem pestanejar! Enfim, não quero desejar, mas executar o bem sem falhar!

Obrigado! Jesair Pedinte – 09.09.11

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