Esclarecendo Dúvidas: As Escolhas e o Dever do Artista Perante a Arte
Quais
são as responsabilidades do artista diante de suas escolhas perante a arte? E
qual é o seu dever quando se propõe a realizá-la?
Deus dotou toda a humanidade com a
responsabilidade e a benção de poder realizar suas próprias escolhas1. O artista, assim como
todos os gênios das mais diversas áreas de atuação na humanidade devem fazê-las
com sabedoria, pois a criatividade é uma força que impulsiona as pessoas tanto
para os bons caminhos quanto para os destrutivos do progresso humano2.
É dever de todo artista perante a sua
criação o uso do bom senso, resumido na arte boa e bela3. Aquele que se propõe a realizá-la precisa avaliar com
muito cuidado quais serão os seus objetivos com a arte perante o próximo4. Pelo menos é o que
deveria ser feito.
Questionar-se se a sua arte demonstrará
as belezas da Criação e de Deus, estimulando as pessoas para a prática do bem,
ou se revelará de forma viciosa o que de pior existe na humanidade, estimulando
o público para a ignorância e o primitivismo de pensamentos. Avaliar as possíveis
consequências.
Cabe destacar, que o artista que
desconhece por ignorância evolutiva as Leis Divinas tem seus equívocos
amenizados. Embora, a sua responsabilidade permanece, devido a Lei de Causa e
Efeito. Do contrário, será cobrado pela Justiça Divina, pelos talentos5 que lhes foi confiado e não
foram bem aproveitados e direcionados para o progresso da humanidade.
O artista que se engana com sua arte -
quando nos referimos a engano é o desvio da moral por essa, tem maior
responsabilidade sobre os desvios de outros irmãos de caminhada, assim como
todas as dores e sofrimentos causados direta ou indiretamente por utilizar a
arte de forma equivocada, infeliz6!
Ao arrepender-se o seu sofrimento moral será enorme. Quanto mais pessoas
tiverem sido influenciadas, maiores serão os esforços de remissão!
Dessa forma, quanto mais se questiona
sobre o que será realizado mais os horizontes se ampliam. O problema na grande
maioria – pelo menos atualmente, é que a arte que enfatiza os vícios morais é
mais atrativa e as que fazem tais reflexões, emitindo vibrações positivas
passam despercebidas por milhares, simplesmente porque esses não se sintonizam
com o bem7.
É dever de todo artista analisar a si
mesmo e a sua obra a fim de evitar no futuro o arrependimento amargo por não
ter praticado o bem através da arte. Deixar de fazer o bem já é um mal, imagine
através da arte que possui um poder de persuasão inquestionável!?
Entretanto, Deus sempre está a nos
oferecer novas oportunidades! A própria arte pode ser um caminho fraterno e belo
a ser escolhido, embora perigoso devido as energias universais que movimentam e
influenciam o espírito imortal!
Portanto, o livre-arbítrio do artista é
inquestionável, e a cada dia que se passa ele se encaminha para a libertação
intelecto-moral rumo ao Criador. Quando chegar a se entregar aos gênios da arte
divinizada, a Terra nunca mais será a mesma, tamanha a energia libertadora que
a arte proporcionará aos seus habitantes! Faze as suas escolhas com sabedoria e
responsabilidade, pois responderá por elas diante do Criador Universal!
Jesair Pedinte e amiGOS – 03.08.13,
psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “O
livre-arbítrio é definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar a
sua própria conduta, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de,
entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas
e fazer que prevaleça sobre as outras.” (CALLIGARIS, Rodolfo. As Leis Morais:
Segundo a Filosofia Espírita. 12 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005)
2 – “[...]
Seria erro supor que artistas geniais, só pelo fato de o serem,
santificassem-se ou se tornassem espiritualmente superiores, após o decesso
corporal. Como homens, eles cometeram, muitas vezes, deslizes graves, rastejaram
pelas camadas inferiores da moral, o que os fez sofrer, no Espaço, períodos críticos,
humilhações e vexames, de que estariam isentos se, a par do ideal superior que
abraçaram, como veros artistas, cultivassem também sólida crença em Deus,
respeito por suas Leis e moral elevada.” (PEREIRA,
Yvone A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
3 - “A Arte deve ser o belo criando
o bom. O trabalho artístico que trai a natureza nega a si próprio. A Arte
enobrecida estende o poder do amor.” (Luiz, André. Conduta Espírita. ed. 21. Rio de
Janeiro: FEB, 1998)
4 – “[...] O grande desgosto que
os acompanha quando reconhecem que, no estado de encarnação, arrebatados pela
Arte, esqueceram os caminhos luminosos conducentes à redenção espiritual, o que
nos leva à conclusão de que a Arte, por si só, não redime ou santifica o
artista. Ele necessitará, além dela, do cultivo do amor a Deus e ao próximo, da
excelência de uma fé inquebrantável nos princípios divinos, pois a lei que do
Todo-Poderoso emanou, para orientar o trajeto evolutivo das criaturas, não foi
diferente para os artistas. Foi, sim, a mesma, invariável, eterna: Amor a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” (PEREIRA, Yvone A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2009)
5- “Que fazes, portanto, dos talentos preciosos que repousam
em teu coração, em tuas mãos e no teu caminho? Vela por tua própria tarefa no
bem, diante do Eterno, porque chegará o momento em que o Poder Divino te
pedirá: - ‘Dá conta de tua administração’.” (EMMANUEL. Fonte Viva. 36. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2008)
6 – “Na
perseguição ao prazer dos sentidos, costumamos armar as piores ciladas aos corações
incautos que nos ouvem. Contudo, fugindo à palavra empenhada ou faltando aos
compromissos e votos que assumimos, não nos precatamos quanto à lei de
correspondência, que nos devolve, inteiro, o mal que praticamos e em cuja
intimidade as bênçãos do conhecimento superior nos agravam as agonias, de vez
que, no esplendor da luz espiritual, não nos perdoamos pelas nódoas e chagas
que trazemos na alma. [...] Intelectuais e artistas que despedem sagrados
recursos do espírito na perversão dos sentimentos humanos, por intermédio da
criação de imagens menos dignas, rogam aparelhos cerebrais com inibições graves
e dolorosas para que, nas reflexões de temporário ostracismo, possam
desenvolver as esquecidas qualidades do coração [...]. Grandes faladores que
escarneceram da divina missão do verbo, conturbando multidões ou enlouquecendo
almas desprevenidas, suplicam doenças das cordas vocais, para que, atravessando
afonias periódicas, desistam de tumultuar os espíritos por intermédio da
palavra brilhante.” (LUIZ, André. Ação e Reação. Rio de Janeiro: FEB, 2013)
7 – “[...] Não faltam artistas no plano espiritual, dispostos
a enfrentar, com mais amplitude e profundeza, a pauta e o pincel, no sentido de
colaborarem na sublimação da arte terrestre; no entanto, escasseiam no mundo
companheiros que lhes abracem o ideal da beleza e renúncia, aceitando a necessária
disciplina para a consecução das obras que pretenderiam concretizar [...].” (CAMPOS,
Humberto. Cartas e Crônicas. 13 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
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