Um Galo

Eriberto era um homem esperto
Cheio de manhas e artimanhas,
Mas que não gostava do Sol da manhã...
Nem de Sol nenhum...

Era um homem da noite,
Galanteador nato!
Sorriso farto...
Parecia iluminado!

Só não gostava de serviço pesado,
Nem de fardo ainda mais... pesado...
Para o trabalho não era ousado,
Mas para a diversão estava sempre pronto, embelezado!

Certo dia, ou melhor...
Certa noite não esperava o pior,
Que na verdade era para ele o melhor...
Saiu para sua rotina noturna em ágil andar...

Quando de repente, o instinto de galã
O avisou de uma bela dama que passava ao largo...
Olhando seu alvo já sonhando com emoções fáceis,
Não viu um degrau e nem um pequeno poste...

Fascinado pela morena bela
Tropeçou e antes de cair bateu a testa com força
Mas com tanta força que caiu no chão!
Simplesmente desacordado e na testa, um grande galo!

Realmente ele chamara a atenção da moça,
Que era enfermeira e logo o socorrera...
Quando acordou, estava no hospital...
O estado era grave...

Perdera movimentos do corpo...
Lesão na coluna cervical,
Mas ganhara um coração,
Que sempre estaria disposto a amá-lo.

Mudou sua vida!
Não mais tinha como viver a noite,
Nem mesmo ser o galanteador de muitas...
Agora não importava, era apenas de uma...

E o surpreendente é que agora
Que poucos movimentos podia fazer
Começou a realmente viver,
Trabalhar e crescer!

Tornou-se exemplo de superação
Para muitos! Que na doença do corpo
Prendem-se em si mesmos,
Na tristeza da alma sem coragem, no fundo do poço.

Levou sua vida ainda com alegria,
Mas direcionada a motivação dos ditos saudáveis,
Que reclamam de tudo, quando tudo possuem!
Foi assim que Eriberto ganhou tudo, quando perdeu apenas a saúde...

Sodré, o ritmista inspirado pelo novo amigo, alegria em aparente limitada vida... – 18.11.13, psicografado por Jerônimo Marques.

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