Sonhos

É da natureza humana sonhar! Sonhos que se confundem com a realidade e tornam-se reais! Sonhos que aparecem e desaparecem. Quando concretizados são melhores, mesmo com aparência bem diferente do que foi idealizado!
Foi numa destas noites de sonhos que um sonho se materializou numa capital brasileira. Jovens de corpo, espíritos experientes e compromissados! Barreiras a serem superadas por etapas. Finalmente conseguíamos fazer germinar a semente que fora impedida de brotar algumas vezes antes: os primeiros brotos, as primeiras raízes, os primeiros sonhos. Ainda havia muitos outros que aos poucos foram brotando e germinando! Acordando!
Anos depois era preciso determinar novos rumos. Para que o trabalho não se dividisse e nem pudesse ser considerado diferente. Estava na hora de retornar às raízes e sonhar mais alto! Rapidamente criou-se uma oportunidade embrionária que obteve sucesso aparente, mas deixou marcas, cicatrizes e mostrou fragilidades. Ao mesmo tempo, fortaleceu o grupo num mesmo ideal! Isso fora apenas o começo do sonho. Ele deveria ser revisto e refeito por cada integrante! Cada um na sua área, mas todos juntos!
Sonho planejado... Sonho a se construir... Mais dificuldades, incertezas, complicações variadas. Aos poucos, crescimento, entendimento, afinidade, superação, emoção, acima de tudo, trabalho de coração! Quantas emoções, tensões, receios! Só que acima de tudo, um sonho a ser vivido! Alegre e determinado!  
Pessoas foram chegando pelos dois planos da vida! Bem cedinho, chamamos nossas amigas Pretas Velhas e nossos amigos Pais Velhos para a limpeza do ambiente! Mas faltava algo: “- A prece meus fio! Para ajudar nóis a limpar tudinho!”.  Logo em seguida, estavam aqueles jovens irmãos de mãos dadas numa sala orando num templo da arte humana. Em volta deles os amigos e também aqueles que não os queriam.
- O que essa gurizada está fazendo? – perguntou um sem saber o porquê daquilo.
- Estão rezando. Eles são espíritas! Tenho medo desse povo!
- Deixem de bobeira. Que medo o quê? Vamos agir!
Entretanto, a prece não permitiu que eles agissem naquele momento. Os jovens e as atividades a serem realizadas estavam protegidos. Uma verdadeira luta do bem contra a ignorância. A cada integrante que chegava ao recinto era feita uma nova tentativa de assédio. Alguns recordavam de fazer a prece que os fortaleciam, assim como o próximo. Entretanto, uns esqueciam não só da oração, mas da paciência, a humildade, a fraternidade. E isso dificultava o trabalho.
Contudo, a equipe espiritual estava presente. Depois da limpeza dos “pretos e pretas”, cada um de nós foi se aproximando de um amigo que atuaria, fosse no palco, nos bastidores, na recepção a fim de que pudéssemos cumprir cada um com sua função. Inclusive com aqueles trabalhadores “terceirizados”!
As horas foram passando. Corrida contra o tempo. Tensão aumentando e mais gente chegando. No plano espiritual nas primeiras horas vespertinas iniciou-se com o coro que entrara para harmonizar o ambiente. Foram convidados amigos de outras localidades mais experientes na arte humana e universal para abençoar e abrir os trabalhos da tarde. Alguns minutos depois, alunos do Instituto do Grupo Oficina de Sonhos da espiritualidade adentravam para acompanhar a movimentação e estudar tudo o que estava acontecendo. Afinal, a alguns anos serão eles a estarem lutando na vida material para levar e elevar a arte moralizada a mais pessoas, com uma qualidade técnica e moral mais afinada e atrativa.
Observaram as tensões dos jovens e ao mesmo tempo a vontade deles de manter o equilíbrio. A inexperiência parecia atrapalhar o resultado final, e aqueles irmãozinhos que iam de encontro com a atividade pareciam ganhar terreno. Alguns irmãos baderneiros buscavam promover a desarmonia. Porém, a maioria dos jovens estavam amparados. Aos que estavam à frente, exigência maior. Deveriam agir quase por si sós! Depois da tensão maior, a beleza da oração e da vigilância!
Oh, amigos da arte estudai mais sobre a sintonia, as energias magnéticas, dos pensamentos e atitudes! Um olhar pode condenar um trabalho! Resignação e paciência! Tolerância e perdão em prol do bem! A prece harmoniza e fala de irmandade! Perplexos ficaram aqueles irmãos que estavam de encontro com aquele ideal. Aliás, sentiam-se invadidos por forças benéficas desconhecidas. A prece bendita os fez adormecer! Nossa equipe os recolheu e os encaminhou para os lugares a eles reservados! Eles veriam o show de luzes e harmonia!
Muitos espíritos interessados na arte mundana estavam presentes por curiosidade. Outros acompanhavam interessados em seus “alvos encarnados”. Muitos mentores “convenceram” seus tutelados a estarem no show para apreciarem algo diferente daquilo que estavam acostumados a ver!
Pela entrada sul, caravanas de espíritos adoentados, jovens perdidos em vários vícios do mundo eram encaminhados. Uma multidão espiritual lotava o ambiente. Na porta havia alguns guardiões fazendo a segurança. O sonho começava a se materializar. Luzes, cores, artes, emoções!
No início, alguns riam com sarcasmo daquela movimentação, da música, de tudo o que acontecia. Entretanto, logo em seguida começaram a se interessar das brincadeiras de crianças com bolas e bambolês. Saudaram e vibraram com os atores que os representavam bebendo, fumando no palco!
- É isso aí! Vamos lá! Eles são dos nossos!
Nas investidas do grupo certinho, vaiaram! Nas do grupo viciado, vibraram. No palco estavam os gênios protetores dos artistas inspirando e vibrando energias. Condensavam e moldavam-nas. A cada nota tocada, jatos de luzes saíam em direção aos atores das cenas que atuavam como catalizadores de energias benéficas.
As cores, os sons “passavam” pelos cantores, atores e se dividiam em várias direções. Grande parte dessas iam direto para a plateia material, outra para a espiritual e por fim uma pequena parte era absorvida pelas paredes e cantos do teatro como se esse necessitasse de energias daquele porte para sua sobrevivência. É importante esclarecer que nem todos os espíritos conseguem ter essa visão das cores, energias e forças.
Elas são invisíveis não só à maioria dos encarnados, mas para muitos desencarnados que pouco entendem sobre a vida espiritual e ainda não desenvolveram os sentidos para perceberem tal realidade. Daí a importância do estudo e prática. Quanto mais o espírito conhece sobre a vida espiritual e também sobre a arte em si, mais facilmente poderá perceber tais movimentações energéticas.
Os espíritos protetores de cada artista no palco e bastidores praticamente os conduziam nas ações, utilizando de seus conhecimentos e preparo para a apresentação! Respeitando os limites, mas dando confiança para tal acontecimento! Como se fossem também atores a inspirar a ação de seus tutelados!
Energias mais densas e de cores fortes eram liberadas. A cena da morte foi como um gol do lado de fora do teatro para aqueles que nada queriam com os bons sentimentos. Um choque para alguns mais sensíveis, mas logo foi bem direcionada para que a reflexão pudesse ser efetivada.
Por que ainda somos tão indiferentes ao próximo que perde a vida decorrente dos vícios? Por que não nos importamos com os outros antes de perderem suas existências? Após alguns minutos veio um sentimento de melancolia, tristeza. Não sabiam explicar por que sentiam aquilo. Vários começaram a entrar em estado de choque com a morte da personagem, vítima das drogas e da crueldade social. Os gritos de euforia foram dando lugar ao silêncio absoluto. Lágrimas começaram a surgir nos rostos macilentos ou cansados destes amigos infelizes de ambos os lados.
Na cena seguinte, recordações. Pais carinhosos que ficaram para trás. Adolescência revoltada, abandono do lar. Vícios de todos os tipos e na aparente companhia havia apenas solidão. Novamente a recordação da morte. Ponto que foi essencial para uma reflexão e mudança de atitude. Lágrimas corriam naqueles rostos perdidos e já predispostos a mudar. A espiritualidade amiga estendia as mãos para aqueles irmãos infelizes. A multidão espiritual era oito vezes maior do que a dos encarnados. Alguns aceitaram de pronto o auxílio amigo, outros indecisos não sabiam o que fazer.
Uma prece cantada, o arrependimento, o perdão das ofensas, dos erros cometidos, o recomeço! No ápice da prece, no abraço carinhoso que trazia o perdão. A cena se repetiu dentro e fora do teatro por centenas de vezes. Jovens, crianças, adultos e idosos antes perdidos, agora arrependidos pediam perdão aos entes queridos e por muito tempo esquecidos! Havia ainda muitos irmãos revoltosos que não davam o braço a torcer, apesar do incômodo arrependimento em seus corações, das reflexões fortes ocorrendo como um vulcão em suas almas.
Mais surpresas! Crianças brincando como anjos que resgatavam a alegria e transmitiam a paz! A cada troca de camiseta passando do branco e preto para cores vivas, alegres, uma onda de energia saltava de um personagem para o outro e em seguida, ondas daquela mesma energia colorida, como se fosse uma pedra jogada no lago se expandia por todo o ambiente. Uma após a outra! O sentimento era de limpeza! Recomeço! Alívio! Do lado de fora muitos irmãos já estavam rendidos pelo sentimento de amor e harmonia! Queriam mais! Ver mais, sentir mais!
Enquanto isso, várias caravanas provindas de inúmeras colônias, grupos de arte, aproveitavam como os encarnados, daquela história em que a arte era tratada como instrumento do bem!
Ainda assim, um ficara para trás com a revolta em seu coração. Esse representava algumas dezenas que não aceitam o auxílio, apesar de pensativos, sentiam-se enganados, abandonados e traídos! O show continuou e este último foi tratado com carinho. Respeitando os seus limites, oferecendo atenção aos seus dramas. Pouco a pouco ele foi se rendendo ao auxílio. A música, as cenas, tudo se fundiu em energias maravilhosas que faziam revoluções no ambiente interno e externo do teatro.
Na parte final da música, quando o ritmo crescia, uma bola de cores reluzentes também crescia. Até que no posicionamento final, quando o quadro pintado era virado para a plateia uma explosão daquela bola de luz acontecera e uma onda energética que nunca havia visto até então banhara a todos! Promovendo harmonia, alegria, amor!
A partir daquele momento em vez de lágrimas de tristeza, arrependimento, vergonha, pairavam a paz, a alegria! Os sentimentos positivos que eram represados por alguns começaram a brotar! Milhares de jovens divertiam-se sem fazer uso das drogas.
Quando os atores dançarinos e malabaristas entraram no palco material, outros artistas de circo invadiram todos os espaços do teatro, cada um mostrando sua arte e uns acompanhando os atores encarnados em cena. A cada movimento, ondas de luzes coloridas saíam dos dançarinos para o ar e se encontravam com as ondas musicais coloridas, tomavam forças e direções diversas e logo “explodiam” espalhando-se para todos os presentes! Por fim, era a hora de encerrar a história. Deixando a lição do recomeço em novas oportunidades. Novas oportunidades? “- Mas não quero, para que voltar? Para errar novamente?”
“Contudo, é preciso! Juntos somos mais fortes! Não importa como, onde, quando e como estaremos. O importante é estarmos juntos amando, pois amando SOMOS TODOS IRMÃOS!”. Essa frase dita por todos, exaltando o bem criou uma expectativa tão grande que a plateia recebeu as intuições, gerou uma energia tão brilhante e alegre que ela foi se condensando e absorvendo as energias dos artistas dos dois planos da vida que estavam no palco e no final da dança se apresentou como um vulcão em erupção para o alto do teatro ganhando o lado externo e se espalhando por toda a região criando um halo de luz visto a quilômetros o que protegeu bem o ambiente por diversas horas e ainda chamou a atenção de diversos espíritos que vagavam a uma distância considerável.
A maioria daqueles curiosos resolveram averiguar o que era aquilo de fato e lá chegando foram esclarecidos e os que queriam permanecer foram acolhidos. Muitos espíritos adormeceram como crianças e foram sendo colocados em macas ou sendo recolhidos por amigos, familiares e enfermeiros. Aquela energia final do show era um halo de luz para seguir as atividades que foram propostas e planejadas há muito tempo para serem realizadas num templo de arte.
Enquanto os acordes cantados e as coreografias realizadas naquela cena final geravam mais energia para alimentar toda espécie de atendimento fraterno, vários espíritos recebiam visitas inesperadas de amigos, parentes que há muito não viam. Eram filhos visitando pais. Irmãos visitando irmãos. Pais visitando filhos rebeldes. Amores visitando “almas gêmeas” que ficaram para trás na revolta e ignorância. Ninguém estava desamparado.
Naquela noite foram recolhidas quase nove centenas de irmãos espirituais por diversas caravanas das variadas religiões. Ao contrário do que muitos podem acreditar. Toda religião séria que tem por objetivo melhorar a moral de seus adeptos pode se aproveitar de atividades artísticas deste porte. Havia irmãos católicos que recolhiam aqueles que tinham a predisposição e aceitação desta crença. Evangélicos, espíritas, entre outras seitas e religiões. A movimentação era intensa, apesar de que era algo organizado.
Ainda assim, mesmo depois de toda a limpeza espiritual, de todos os resgates e encaminhamentos, podíamos constatar que algumas energias de preocupação, estresse, desgaste físico e mental estiveram presentes em determinados integrantes do grupo que se apresentara tão bem e com alegria momentos antes. Tal fato atrapalhou um pouco o ambiente criando formas-pensamentos um pouco desgovernadas, mas graças a alguns participantes mais disciplinados e vigilantes souberam lembrar e aceitar as sugestões das preces. Dispersando as energias citadas.
Ao finalizar a arrumação, mesmo cansados, fizeram o encerramento das atividades na casa cristã por meio de pequena, mas harmônica prece que dispersou os últimos fluidos negativos e permitiu que a paz estivesse presente nos corações de cada trabalhador daquela noite em que vários sonhos se juntaram para criarem um ambiente de luz, paz e amor fraterno!
Obrigado! Daniel e Fernando parabenizam o Grupo Oficina de Sonhos por uma noite de sonhos e doação em prol da arte do bem!

Obs.: É preciso esclarecer alguns pontos. Tais descrições das energias espirituais, cores e revoluções pelos ares não são vistas por todos os espíritos, assim como não são vistas pelos encarnados. É preciso ter o mínimo de conhecimento e discernimento, bom senso e também preparo para que isto ocorra. Há alguns tipos de aparelhos desenvolvidos no plano espiritual que facilitam esta visão mais ampla e clara.
Para aqueles que não possuem esta capacidade, eles apenas sentem as energias de forma intuitiva, como acontece com os encarnados. Cada um poderia ter uma visão diferente da nossa se estivesse ao nosso lado vendo a movimentação da noite narrada.
Também é preciso reforçar que este grupo ainda está em crescimento. Necessita de muito preparo técnico e moral. Muito mais estudo das Leis Divinas para aperfeiçoar sua arte e levar a um público muito maior, não com o objetivo de se orgulhar e ter vaidade dentro dos corações. Mas para atingir maior número de necessitados do mundo! A arte que eleva e transforma corações, ilumina vidas e faz com que o mundo se torne um lugar melhor para se viver.
Enfim, poderíamos ainda muito dizer, mas é preferível que cada um busque refletir diante do que foi apresentado e tire suas próprias conclusões sobre o que pode ser feito a fim de tornar o trabalho mais fraterno e eficiente levando o amor com mais sintonia e intensidade a todos os cantos da Terra!

Obrigado! Jesair Pedinte e amiGOS – 4, 6 e 8.11.13, psicografado por Jerônimo Marques.

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