Um Toco

Na estrada
Sem contar com nada
Nem uma enxada
Com a calça furada...
Andava Gerson que debandava...
A todos cutucava,
Com gestos amargos como limonada!
E nunca o sorriso o dominava...
Até que no meio do caminho lá estava
Um toco de árvore que pouco se destacava...
E no ímpeto de vencer o tempo que se escasseava,
Um belo tropeção acometeu Gerson que desabava...
E sua vida assim acabava...
Um toco apenas limitava,
O avanço que almejava...
E agora Gerson? De onde vinha a voz que o chamava?
Era Deus que se Lhe insinuava!
Vinha assim, o arrependimento de sua conduta que o incendiava...
Para nunca mais fazer o mal que o atrapalhava.
Hoje Gerson volta como um menino pobre e humilde,
Que nunca maltrata ou com ódio revida,
Pois não é mais uma besta quadrada!

Sodré, o ritmista – 03.10.11

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