O Sábio Sabía
Era um feliz encontro,
Do pássaro risonho e de bom gosto,
Com seus galhos de primeiros confortos.
Após muitas idas e vindas,
Pelos ares e estradas da vida,
Nos céus azuis e nas matas sofridas...
A velhice chegou ao sabiá...
Que muito sabia!
Não porque fosse gênio,
Não porque fosse grande...
Nem mesmo superior e chefe operante...
Mas era um amigo de todos,
De verdadeiro coração,
Que respeitava a eterna evolução...
Os que dele se acercavam
Para sempre mudavam!
Os que dele se afastavam
Tomados de incompreensão e agastados...
Sofriam os próprios erros demasiados!
E na humildade de sempre,
Com a paciência nada dormente...
O sábio sabiá amava contente!
Quem lhe cruzasse o caminho
Era muito bem vindo!
Recebia um canto lindo,
Que elevava os bons sentimentos infinitos!
Por que agora sabiá...
Não alegra mais minhas tardes de verão?
Serão as brigas de meu coração?
Ou a tristeza que me dominou a emoção?
Volte e cante para afastar minha solidão!
E terás água doce como a seiva,
Um sorriso sincero que não acaba...
Para colorir a vida triste que cultivo,
Na saudade de seus trinos!
Volte e me verás
Confortando outros por eras...
Incentivando meu coração a enfrentar minhas próprias feras!
Deixando-as de lado para amar e as criações divinas e belas!
Sodré, o ritmista – 03.02.12
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