Saia da Casca

Encolhidos dentro da casca,

Pois que a verdade amedronta o que lhe agasalha.

Sabidos da verdade que se encerra

Na alma iluminada que pede o lar e a casa...

Há muitos que se fecham...

Escondendo diamantes da alma.

Preferindo a auto iluminação,

Quando ela só se conquista

Compartilhando o que de belo possui!

Há aqueles que só se importam

Com os seus próximos mais próximos!

Esquecendo que há outros próximos,

Que aparentemente distantes se postam

Na vida que caminhamos nos dias de agora...

Quanto desperdício de energias e cuidados...

Aos que muito possuem,

Enquanto os que nada têm.

Merecem atenções mais ampliadas e bondosas...

É o mesmo que utilizar de uma aparelhagem,

E dar-lhe uma sobrecarga elétrica...

Vira um grande curto e fica apenas o cheiro de queimado...

Saia da casca meu irmão!

Deixe expandir o amor fraterno!

Esqueça o amor passional!

Que é o amor adoecido...

Enquanto o outro é o amor iluminado e embevecido!

Saia da casca minha irmã!

Não favoreça apenas o sangue de teu sangue!

Deixe vibrar esse sentimento verdadeiro,

Que abre as portas de qualquer lar vigiado por Cristo...

Enfim, não há privilégios, há boas consequências...

Provindos de atos de bondade!

O Cristo está em todos os lares...

Sem escolher cor ou raça

Credo ou graça...

Está com todas suas ovelhas,

E nos acompanhará nas paragens mais distantes e secas...

Enquanto houver lágrimas e ranger de dentes!

Mas também quando o amor florescer nos corações por todas as eras!

Sodré, o ritmista – 09.03.12