Sentinela do Amor

Na ansiedade de ter uma companhia...
No desejo de ser estimado...
No afã de ser amado...
Como em ondas de grande sintonia,
Aí está a humanidade,
Louca para ser amada...
Sem deixar em retribuição,
Qualquer doce poema de gratidão...
Como uma ilusão...
Vendem-se corpos!
Com sorrisos esplendorosos...
Cabelos esvoaçantes,
Formas estonteantes...
E moralidade abaixo de zero...
Se o calor dos corpos atraí e seduz,
O calor do coração congela e impõe!
Abolindo o respeito,
Pelo sentimento sincero e altruísta
Verdadeiro amor que se pensa a primeira vista...
E como não dá certo...
Passamos, como se mercadologicamente
As pessoas fossem coisas, objetos sem mente...
E como sentinelas a postos
Direcionamos nossos olhares caçadores!
Atentos ao exterior
Até encontrar um novo alvo idealizado...
Lançamos assim nosso novo ataque sincronizado
Com a mente que destoa
Do amor evangelizado...
Pobre de nós, sentinelas do amor!
Com corações desgastados... Despedaçados!
Aprendemos com o divino amigo Nazareno,
Que a verdade do amar
Está na abnegação e entendimento!
Sem idealizações e ressentimentos...
Apenas aceitação das arestas,
E crescimento mútuo de bons sentimentos!

Sodré, o ritmista – 23.12.11

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