A Cigarra

Pousado num galho de árvore
A cigarra canta e desencanta
Chamando quem sabe a chuva,
Que trás a essência da vida em gotas de esperança!

A cigarra que é bicho desprezado...
Ganhou um conto junto a formiga,
Que ensina o valor do trabalho
Para sua comodidade e alforria...

Embora a lição seja válida...
Coitada da cigarra
Que tem como trabalho
Cantar o dia todo...

Como se fosse fácil
Viver numa casca não muito dura,
Que é trocada em poucos dias
Para crescer e cantar mais... Sempre mais!

Coitada da cigarra que é bicho criado por Deus,
Mas é desprezada pelos filhos que são a imagem
E a semelhança do Pai maior... O Criador!
Muitas vezes por um padrão de beleza sem real valor!

Ela que numa curta vida trás o equilíbrio
À natureza, esta sábia que segue com destreza
As Leis Divinas... A cigarra que lhe compõe,
Convida a chuva que possui o líquido da vida...

Portanto, meus amigos!
Antes que desprezem este bichinho divino...
Percebam com sensibilidade!
Seu importante papel neste mundo, ainda tão primitivo!


Sodré, o ritmista cantando em favor da cigarra, pobre amiga, perseguida em grande sina, uma verdadeira desdita! – 20.10.14, psicografado por Jerônimo Marques.

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