Esclarecendo Dúvidas: Contribuição da Arte para com a Justiça Divina

O Livro dos Espíritos define justiça como o respeito aos direitos de cada ser. Sendo determinada por duas formas: “a lei humana e a lei natural”. Como a arte pode contribuir para que o sentimento de justiça se aproxime do ideal divino?
Primeiramente é preciso esclarecer e relembrar que o sentimento de justiça é natural ao ser humano1, ao espírito imortal.
Apesar disso, a consciência desta justiça deve ser descoberta e desenvolvida aos poucos pelas diversas experiências evolutivas de cada espírito criado por Deus! À medida que um espírito avança a justiça identificada e compreendida por ele pode ir alterando sua compreensão, cada vez de forma mais estreita com a Justiça Sideral.
É claro que inicialmente, a compreensão de justiça estará bem aquém do que realmente a Lei Natural, sendo imutável, determina. Contudo, Deus não impõe ao espírito de forma arbitrária os conhecimentos que ele deve adquirir para alcançar a verdadeira paz e felicidade tão almejada.
Assim, Deus determina que cada um se esforce a fim de alcançar estes objetivos. Concedeu-nos o livre-arbítrio e a partir daí inspirou-nos por diversas formas de conhecimentos, que seriam ferramentas e meios para que alcançássemos estas metas!
A arte é um destes meios, caminhos! Para cada novo conhecimento da justiça divina, a arte geralmente retrata com fidelidade estimulando a sociedade a incorporar este novo degrau de justiça adquirido pelos vanguardistas da justiça da humanidade. Por outro lado, vários artistas vieram abrir o caminho e a mente dos seres humanos para um novo nível de justiça utilizando justamente a arte!
Aliás, como já nos referimos diversas vezes, ela tem esse poder de prender a atenção, tocar com maior profundidade os corações mais endurecidos2, despertar para novas ideias e sentimentos nunca antes sentidos por uma família espiritual como a que estagia na Terra hoje!
Portanto, a arte contribui para a compreensão da justiça desde que esteja comprometida com o “fazeis aos outros o que gostaríeis que vos fizessem”3 de Jesus. Ninguém gostaria de receber o mal, consciente ou não. Este é o caminho. A arte é mais um método eficiente para tal!
Jesair e amiGOS – 06.09.13, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “873 – O sentimento de justiça está na Natureza ou resulta de ideias adquiridas?
- Tanto está na Natureza, que vos revoltais ao pensamento de uma injustiça. O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá: Deus o colocou no coração do homem. Eis porque encontrareis, frequentemente, entre os homens simples e primitivos, noções mais exatas da justiça que entre os que têm mais saber.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182ª ed. São Paulo: Ide, 2009)

2 – “O drama que comove e educa, a música que eleva, a poesia que leva à reflexão, a dança que inspira e modela, a pintura que influencia e estimula ou o filme que esclarece e entretém saudavelmente, são exemplos de recursos que não podem ser dispensados na promoção do bem, no socorro das almas sofridas e no apoio de quem busca evolução.” (_____. Arte no Centro Espírita – Planejamento e Prática. 1ª ed. Belo Horizonte: Educere, 2014)

3 – “876 – Fora do direito consagrado pela lei humana, qual é a base da justiça fundada sobre a lei natural?

- O Cristo vo-la deu: Desejai para os outros o que quereríeis para vós mesmos. Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um de ver respeitar seus direitos. Na incerteza do que deve fazer em relação ao seu semelhante em uma dada circunstância, o homem se pergunta como ele desejaria que se fizesse para com ele em circunstância semelhante: Deus não poderia dar-lhe um guia mais seguro que a sua própria consciência. (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182ª ed. São Paulo: Ide, 2009)

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