Recordar é Viver

Em vias de me perder
Cai no fundo de um poço...
Era só lama e escuridão
Um corpo apodrecido ao chão!

Sofria e chorava como um menino...
Como nunca acreditei fazer um dia
Agora era uma realidade doída
De uma alma fria!

Utilizando mal o dom da escrita,
Do jogo de palavras cuneiformes
Desviei minhas condutas
E também de meus seguidores...

Era uma luta desigual
Em que a arte era a isca certa
Para atrair ao meu veneno mortal...
Verdade infeliz e sepulcral!

Pobre alma fria...
Sua boca não mais sorria,
Nem seus olhos viam
As belezas de outro dia...

Pobre alma em desdita!
Quanto tempo vagou
Escondeu-se da vida
Que pulsava dentro e você não sabia...

Pobre alma...
Tão pobre que o tempo se perdeu
Como numa eternidade dolorida
Que parecia uma imagem distorcida...

Pobre alma enfim reconheceu...
Depois de entregar-se com coragem
A análise própria dos seus erros...
Pedir o perdão necessário de si mesmo!

Pobre alma começou ali a sobreviver...
Sobretudo a crescer!
Buscar antigos planos de harmonia,
Enquanto outros se entregam a outras vias...

Agora a pobre alma recomeça
Em traços pobres e travados
Com auxílio de um amigo,
Que com boa vontade nos acolhe
E nos auxilia a repensar os atos,
Enxergando novo dia e novos atos!
Para um dia sempre enxergar e conquistar
Novos dias e serviços abnegados em qualquer lugar!


Sodré, o ritmista rememorando a própria história em outros traços! – 06.10.14, psicografado por Jerônimo Marques.

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