Wellington: Auto-Apresentação

Fui morador de rua na cidade de Goiânia-GO em minha última existência, por motivos de expiação e prova. O meu dever e pedido de vida era viver entre os desgraçados do mundo, sofrendo as humilhações e experimentando as limitações de toda ordem para que fortalecesse a minha moral.
Depois de viver na opulência por várias vidas seguidas, precisava entender o outro lado a fim de cooperar melhor na causa do Senhor! Assim, da próxima vez que eu tiver bens materiais nas mãos saberei colocar-me no lugar do próximo e poderei auxiliar melhor. Pedi esta prova para evoluir um pouco mais. Nas duas encarnações anteriores a essa fui rico, e foi nessas últimas que soube finalmente aproveitar bem em favor do próximo.
Por que estive todos estes anos nas ruas? Foi por que era preguiçoso? Não! Perdi tudo numa tragédia familiar. Casa, família, esposa, filhos... Enfim, perdi meus bens, perdi a saúde e consequentemente o emprego por não poder oferecer meus braços antes fortes em favor do trabalho honesto e humilde.
Quando encarnado cheguei a ser atendido pela “Caravana do Juninho”, trabalho que o médium e demais companheiros participam atendendo moradores de rua. Apesar das dificuldades, não era revoltado com a vida, pelo contrário, era grato. Quando tinha alguma coisa, compartilhava com os companheiros, às vezes, deixava de ter algo em favor deles. Quando desencarnado fui acolhido pelo professor Jesair e demais amigos, a quem devo muito.
Hoje estou no plano espiritual auxiliando estes mesmos irmãos, intuindo-os a mudar de vida dentro do trabalho “Caravana do Juninho”. Antes disso, tive como primeira oportunidade de trabalho neste plano espiritual a de ser faxineiro, varrer e limpar o chão das enfermarias. Depois passei a ajudar a vigiar os pacientes nos leitos com muito carinho e atenção.
Nas atividades com o professor, somos responsáveis por convidar alguns irmãos para fazer relatos e depoimentos a fim de que o grupo faça um estudo psicológico e sociológico. A partir daí, fazemos os apontamentos que são relacionados às Leis Divinas. Organizamos e repassamos à coordenação.
Temos ainda a responsabilidade de chamar a atenção de todos quanto às pessoas que moram nas ruas e muitas vezes são abandonadas e passam por inúmeras provações que nem sempre são escolhas.
Nosso objetivo com tais mensagens é chamar a atenção das pessoas para refletir que estes irmãos das ruas merecem o carinho e o respeito de todos. Isto porque nós já vivemos isso na última encarnação. Além disso, pelo trabalho que o médium realiza na “Caravana do Juninho”, facilita a nossa sintonia. Da parte espiritual, nós também participamos deste trabalho junto ao Grupo Oficina de Sonhos atendendo e abordando com arte os Espíritos sofredores que se ligam a estes irmãos andarilhos.
Estamos iniciando a nossa preparação para o reencarne que ainda não tem data específica para acontecer. Trabalhamos aqui para nos preparar a fim de quando voltarmos à carne estejamos mais preparados. Já está definido que não serei mais morador de rua na próxima vida, a não ser que eu queira. Às vezes, nas ruas ficávamos na ociosidade, pois nem sempre conseguíamos ter oportunidades de oferecer nossa força de trabalho. Por isso, cobro-me muito deste lado para nunca ficar parado. Aqui atuamos intensamente em favor dos outros.
Confesso que tenho aprendido muito nas atividades com o professor. Procuro sempre fazer as coisas de forma correta e com boa vontade. Tudo na vida tem o seu momento. Isso é importante ressaltar, pois somos muito ansiosos. Tenho aprendido a ter mais paciência quanto aos acontecimentos. Que devemos ser sempre honestos, o que não é uma virtude e sim obrigação. Aqui a honestidade é Lei dentro do coração das pessoas. As organizações daqui são muito mais organizadas exatamente por este motivo.
Temos outras atividades que participamos onde colocamos a mão na massa, em outras caravanas de auxílio e resgate sob a orientação do nosso professor e outros espíritos amigos.
Portanto, deixo a todos vocês um singelo conselho. Sigam, exemplifiquem as palavras do Mestre Jesus: “Ame o teu próximo como a ti mesmo.” Contudo, às vezes isso parece distante de nossa realidade. Que nós saibamos olhar um pouco mais para o lado. Não apenas para nós mesmos. Olhar para o outro! Olhar para o teu próximo!
Wellington

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