Como Posso Dizer o que Vi e Vivi?

É emocionante tudo o que passei e fiz com e pela a arte de minha existência. Poeta de várias eras e países, de muitas vidas, umas desconhecidas, outras bem vistas e até invejadas, sou hoje pobre pecador arrependido e com vontade de mudar e melhorar.
Foi assim que um novo amigo deste plano veio a se abrir em prantos quando me pediu auxílio... “Rogue por mim caro amigo. Necessito de paz no coração a qual não a encontro!”. Esse amigo de inteligência ímpar tinha o talento acumulado de suas diversas experiências reencarnatórias. Muitas delas positivas, principalmente, as que se referem a vidas mais humildes e anônimas perante o grande público.
Há algumas décadas este irmão foi poeta conhecido num recanto nada desconhecido do mundo. Desde pequeno tivera todas as oportunidades de vida. Boas escolas, educação em casa, graças à sua mãe que lhe ofereceu mais do que amor, mas conhecimento verdadeiro da vida!
Logo em tenra idade começou a demonstrar talento para a escrita, muito superior aos colegas de escola. Um verdadeiro prodígio para a época. Com o tempo foi crescendo e aparando as arestas, conhecendo e estudando técnicas e obtendo mais ampla visão de como fazer melhor a arte poética a qual tanto gostava.
Os versos, as estrofes, surgiam céleres em sua mente e bastava querer escrever algo, fosse qual assunto, logo compunha inúmeros poemas, poesias, textos, embora o último não fosse seu objetivo.
Quando adulto, passou do interesse inicial em falar da natureza, da divindade para abordar temas controversos. Não que isso por si só fosse ruim. Pelo contrário. Suas primeiras composições foram sóbrias, conscientes dos deveres cívicos e com críticas salutares para melhorar nosso interesse por temas importantes como a política, economia, família... Entretanto, aos poucos foi se deixando influenciar pelas futilidades de cada tema e logo caiu na teia de escrever apenas para um tipo de público sem pudor ou coerência moral perante a vida.
O pior de tudo foi que ele passara de influenciado a influenciador de opiniões, pensamentos, gestos e ações que culminaram em diversas modas... Onde o corpo era exaltado para a beleza externa sem o vínculo com a mente sã e o bom coração. Onde os vícios da sociedade estavam presentes e exaltados como se fossem a solução para a felicidade individual dos seres sociais.
Enfim, foram muitos e muitos escritos, falas, entrevistas, os quais ele foi instrumento, não do bem puro e nem das boas emanações provindas do alto, mas exatamente do contrário. Segundo nosso amigo, por sua conta muitos caíram! Tornaram-se preguiçosos, egoístas e orgulhosos! Traíram amigos e companheiros! Passaram a pensar apenas no gozo da vida, esquecendo-se das responsabilidades básicas consigo e com o próximo! Revoltaram-se. Um e outro ainda tiraram as próprias vidas, influenciados, indiretamente por suas palavras dúbias as quais foram mal interpretadas... Outros tantos se viciaram em entorpecentes, alcoólicos, busca pela beleza exterior e o materialismo exacerbado e infeliz...
Ao findar seu relato, nosso amigo chorou até secar suas lágrimas sem poder se conter. Por fim, quando após momentos de consolo e incentivo para não desistir e levantar uma vez mais para tentar o caminho correto, o caro amigo nos pediu para levar este alerta ao mundo!
- Por favor, leve ao mundo minha história... Embora não tenha certeza de que suportarei a vergonha de tudo que fiz, contudo leve! Alerte os artistas e aqueles os quais os admiram de que os artistas não são deuses, são humanos tão vulneráveis como qualquer pessoa portadora de seus vícios. Cheios de erros e defeitos, dificuldades mil! Quem sabe assim me sentirei um pouco melhor...
Não poderia deixar de atender nosso querido amigo que tanto tem se esforçado para se redimir, pelo menos aos seus olhos ainda falta muito... Contudo, não poderia expô-lo tanto entrando em detalhes mínimos e com certeza muito pessoal...  O importante seria o alerta e aqui estou para lhes transmitir o necessário: não se deixem levar pelas aparências, pelos sorrisos e glórias. Pelo talento natural a fim de que se sinta melhor que os outros.
Permitam que o bom senso fale mais alto através de suas consciências, desta forma prosseguirão com mais acerto ao Reino dos Céus sem sofrimentos eternos e deixarão a dor e o ranger de dentes para trás em menos tempo!
A arte é apenas ferramenta muito prática e forte aliada para a evolução, mas se mal utilizada torna-se decisiva perdição!

Jesair Pedinte – 29.05.15, psicografada por Jerônimo Marques.

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