Defendendo a Si Mesmo

Não quero parar!
Não quero olhar...
Não quero isso,
Nem mesmo aquilo...

Não quero ir ali...
Muito menos lá!
Sequer acolá...
Apenas desejo ficar aqui!

Desejo meu emprego,
Meu salário gordo...
Minha família boa.
Meus amigos que eu confio...

Não pretendo esperar
Pelo pôr-do-Sol,
Nem pelo luar
A fim de ter ao lado meu amor!

Só quero curtir
A vida como sempre pensei!
Sem hora pra voltar,
Sem nada compartilhar...

Só quero fazer o que me dá na telha,
Sem pensar nos outros
A não ser que estes sejam quem amo
Para os que não amo... Nada!

Penso em mim,
Choro apenas por minhas desilusões!
E não por compaixões
Dos outros que vivem desilusões...

Defendo meus interesses!
Apenas penso em mim mesmo!
Sem dor e com certeza, sem consciência...
E por isso vivo sem amor e na eterna incerteza
De não saber ser amado com certeza!

Sodré, o ritmista relembrando quando o egoísmo de minh’alma me dava uma certeza: a solidão e nenhuma gentileza! – 05.01.15, psicografado por Jerônimo Marques.

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