O Respeito

Era Cláudio, um menino esperto. Todo “moda” e enfeitado, cheio de marra e outros fados que na verdade há muitos enfadam...
Filho querido de pais moralmente despreparados. Líderes na economia e especialistas no mercado do mundo, salvadores de concretos espelhados que se impõem friamente antes do fim desta era ainda sem os protetores, um dia serafins!
Tudo queria e podia. Até mesmo crueldades marcantes em almas inocentes e boas, porém temerosas do abuso sempre em uso de Cláudio, quase um uno! Tirava o que não lhe pertencia, gritava e feria ouvidos sensíveis a toda gama de baixarias. Pai e mãe esquecidos da lida moral possuidores de ações destrutivas, frágeis na conduta de viver!
Aos colegas impunha respeito, pela força e medo, pois era grande como um touro, desde tenra idade. Embrutecido de coração escurecido, sem freio e espora os quais lhe freariam a empáfia e orgulho desmedidos...
Tanto fez e procurou, humilhou, nada aceitou, procurou sobrepujar-se e destacar-se que conseguiu ser visto e odiado. A semente do desrespeito foi sua semeadura. Da sua árvore não podia surgir algo diferente do que raiva, ódio, vingança e outros sentimentos desgostosos os quais formavam massas negras de textura viscosa e preguenta, vistosa e fedorenta, de ilusória perdição em tempos de invigilância!
O que lhe salvou, ao menos um pouco, foi seu respeito pelo Mestre que curava loucos, doentes, egoístas e orgulhosos como ele, que acreditavam se bastar, mas na verdade era o que mais necessitava de ensino e companhia.
Depois de anos sofrendo, a figura do Cordeiro de Deus lhe veio à mente, impondo natural respeito e reverência a fim de que uma prece, embora dificultosa, saísse de seus lábios provinda das profundezas de seu coração mirrado e doente de amor e compaixão! Exultou-se de alegria, mas chorou de arrependimento, vontade de mudar e buscar a paz que nunca proporcionara, muito menos vivera!
Hoje o que lhe vai na alma é respeito a Deus! Ao Cristo e seus ensinos! Deus o abençoe e o inspire, pois virá novamente na noite escura e viverá jogado nas ruas, sem teto, sem lar e sem alegrias para provar as mesmas amarguras que provocara quando em vida... Não! Não é castigo, é pedido de Cláudio ajoelhado para o Senhor da Vida!

Wellington e Sodré – 01.09.14, psicografado por Jerônimo Marques.

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