Com o Pé Direito
Nasci com o pé direito,
Meus pais, donos de tudo...
Deram-me sempre o que me era direito,
E eu sempre queria mais... e dava um jeito...
Venci o medo e o preconceito!
Em torpes ideias de raso conceito.
Inflamando outros para o mau jeito...
Com os irmãos de todos os pleitos...
Era uma vez aquele beijo,
Que não demonstrava mais o que eu era feito...
A carne e os ossos não tinham jeito.
Estavam podres pela pobre alma ligada ao leito!
Entre sombras de ilusão...
Perdi minha vida na escuridão!
De minha alma soberba e sem noção...
Do verdadeiro amor provindo do coração!
Faltou-me Deus e oração!
Eterna e divina canção...
Que salvaria minha encarnação...
Ainda longe da perfeição!
Ah! Tamanha emoção!
Descontrolada na extremunção!
Horrorizada perante a desencarnação,
Mas compungidamente agradecida na salvação!
Perante a oração,
Que salvou meu coração!
E trouxe eternas bênçãos...
Agora, sem qualquer ilusão!
Sodré, o ritmista – 16.01.12
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