O Seu Direito
Há aqueles que dizem que o seu direito termina onde começa o direito do outro. Entretanto, há que se tomar certo cuidado com tal conceito...
Isto por que, partindo deste pressuposto, os direitos seriam moldáveis a cada grupo de relações. À cada época. Alguma semelhança com as leis humanas? Como Kardec e os espíritos já o afirmaram nas Obras Básicas da codificação, o direito humano é sempre “maleável” e moldável de acordo com a época e a evolução humana.
O que viemos aqui fazer então? Apenas reafirmar algo já dito, dissertado, estudado. O direito é muito mais que respeitar o direito do outro. Na verdade, deveríamos organizar nossa vida de acordo com a seguinte frase: “o meu direito vai até onde se encontra os direcionamentos morais de Deus”.
Esta é nossa proposta. Respeitar os outros respeitando a Deus! É uma questão lógica! Pensemos... Ao respeitarmos Deus em todas as atitudes, gestos, pensamentos de nossa existência, estaremos respeitando a vida e todos os que vivem conosco! Simples assim? Seria, caso não fosse tão difícil combater a nossa falta de educação espiritual! Conquanto, não é nada impossível!
Mas por que não posso ir até onde vai o limite do outro? Vamos a um pequeno exemplo. Em algumas tribos ainda existentes na Terra, há o hábito de matar os filhos que nascem com alguma deficiência aparente. Caso alguma deficiência se mostre com o tempo, o assassínio também faz parte da lei daquele povo, daquela tribo. Então, é certo matar um ser que retorna ao corpo precisando da prova da deficiência? O que Deus acharia disto? Ele concordaria?
A nosso ver não. Com certeza. Entretanto, dependendo do conhecimento que os integrantes daquela tribo possuem, Ele respeitaria, com certeza perdoaria, mas procuraria de alguma forma utilizar algum outro filho para ensinar àqueles que ainda pensam assim que isto é errado. Contudo, respeitando o limite de entendimento.
Outro exemplo. Algumas famílias religiosas não aceitam a transfusão de sangue, mesmo que seja para salvar uma vida. Até que ponto a justiça humana deve concordar com tal direcionamento baseado numa crença mal interpretada? Aquele que sofre não pode escolher viver baseando-se apenas numa crença? Mesmo que isso vá contra a fé dos pais ou familiares? Claro, isso pode ser uma questão ética. Mas Deus com certeza prefere a vida antes de tudo.
A nossa proposta aqui não é de “jogar fora” o conceito anterior, mas reabastece-lo, reaproveitá-lo ou mesmo reciclá-lo! Respeitar o limite do outro é muito importante e é um ótimo começo, mas respeitar o limite do outro, respeitando a Deus é ainda melhor!
Sendo assim, o seu direito é também o meu direito, o que é óbvio. O que não está ainda muito claro para a humanidade é que o seu direito que também é o meu está de acordo com a evolução da vida proposta por Deus. Acreditem ou não Nele. Deus não impõe nada, contudo a Sua Lei está inscrita em nosso ser desde sempre. Quem nos cobra os direitos e os deveres é a consciência. Obrigado!
Jesair Pedinte – 04.01.12
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