O Mundo que Encontrei

Hoje passei as horas a recordar os primeiros momentos de meu retorno à verdadeira pátria.
Encontrei aqui um mundo tão belo quanto o que deixei aí na matéria. Contudo, a beleza foi ampliada de forma um tanto mais significativa que não pude avaliar com toda certeza o que ocorria a minha volta.
Depois do atordoamento inicial, da recuperação no hospital que abriga os recém-chegados, percebi que a natureza daqui é tratada de forma tão séria que poderíamos comparar com os grandes monumentos da humanidade.
Aqui, uma árvore, uma flor, um parque, um bosque, uma floresta é santuário sagrado oferecido por Deus a todos seus filhos. É claro que há os templos religiosos de acordo com a fé e o credo de cada um. Eu mesmo, quando aqui cheguei procurei uma Igreja, bela, magnífica e simples. Sempre que posso entro para prestar meus agradecimentos ao Criador.
Entretanto, não me limito a visitar a Igreja que podemos classifica-la como “católica”. Estou sempre a procurar interação com todos os credos. E o que encontro aqui é a maior intensidade de tolerância e aproximação entre os religiosos e suas crenças. Os equívocos de interpretação aqui são bem menores, apesar de ainda existirem, mesmo que raramente. A diferença é que aqui procuramos não julgar mal a outra religião apenas por serem diferentes.
Procuramos unir. Unificação é a palavra! E sabe onde procuramos nos unir? Diante da natureza! Nos parques, nos bosques, nas florestas, nos campos floridos, às margens dos rios, assim como Jesus fez há muitos séculos atrás!
A natureza é o templo ideal para unir os corações num mesmo ideal de sabedoria, moral e alegria por sintonizarmos os pensamentos para Deus.
Aqui os debates não são para disputas sem lógica de qual credo é melhor. O debate é para que cada uma se aperfeiçoe e leve aos seus tutelados encarnados pensamentos renovados para que a unificação também ocorra na matéria!
O chamado universalismo, não é uma religião, é um pensamento que não se restringirá aos credos, mas invadirá aos poucos, como já tem sido realizado de forma tímida, os círculos científicos e filosóficos. O mundo que encontrei está preocupado em preparar os futuros reencarnantes para a unificação dos corações, para a paz, para a harmonia e é claro, tudo voltado para a fraternidade do amor universal!
Utopia? Não, apenas uma realidade ainda lenta, mas que nunca deixa de avançar milímetro a milímetro, passo a passo! Tenhamos fé no futuro e vontade de contribuir e um dia chegaremos lá no mesmo estágio do mundo que encontrei.
Obrigado! Wellington – 23.04.12

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