A Caravana

Em noite fria, jovens saíram às ruas da cidade portando alimentos, roupas, cobertores, materiais de higiene. Enquanto outros corações dormiam em seus lares acolhedores, na madrugada domingueira do mês de junho hospitaleiro.

Outros ainda acordados buscavam dar seguimento aos prazeres físicos, às ilusões passageiras dos cinco sentidos. Era um mar de desprezo diante das misérias do mundo.

E aqueles jovens, que poderiam estar ali, “aproveitando” a vida dos cinco sentidos, escolhiam aquele outro caminho! Pensando no próximo, esperando ao menos confortar um coração desiludido!

Com alegria no coração, rosto amassado de sono interrompido, aqueles jovens peregrinavam nas ruas da cidade olhando marquises e cantos escuros para encontrar o que muitos consideram o “resto do mundo”, apenas vagabundos, ou drogados e perdidos do bom senso e de tudo.

Entretanto, para aqueles jovens não! Os que procuravam eram irmãos em necessidades provisórias de seus aprendizados neste mundo! Como Jesus não olhava a quem, apenas procuravam vibrar por alguém! E suas vibrações não se resumiram às preces, mas aliada a elas, acrescentaram a ação da palavra consoladora, dos incentivos e sorrisos, das verdades consoladoras!

Protegidos pelos amigos e anjos guardiões, em alguns instantes os irmãos atendidos apenas receberam as preces em silêncio. Os itens foram colocados mansa e respeitosamente ao lado enquanto os primeiros dormiam, ou apenas fingiam. Mesmo diante dos perigos da madrugada fria, mostrando a dura realidade, os jovens seguiram e voltaram ao raiar do sol que os banhou com alegria do bom serviço cumprido!

Estejam sempre os jovens nesta mesma seara, não porque são anjos privilegiados, mas porque necessitam por atos demonstrar que a vida sempre se renova e necessita de novos agentes do bem que a cada dia mais e mais se aprimora! Obrigado pelo trabalho e nos vemos outra hora!

Wellington e Sodré – 11.06.12