A Caridade é de Verdade

Um moço seguia na rua,
E de repente seu rosto se transforma...
Perde a fala e falta-lhe jeito...
Percebe que não avistara com melhor jeito,
Um irmão que precisava de benção!

Quantas surpresas guarda a vida...
Na sua frente um pobre coitado,
Transformado num rejeitado...
Vilipendiado e transtornado...
Ameaçado pela vida,
Considerado um derrotado!

Aquele infeliz a quem todos desprezavam,
Estava com roupas rasgadas,
Cabelos despenteados,
Olhos caídos,
E semblante infelicitado...

Aquele era um amigo...
Há muito tempo esquecido...
Que o ajudara no momento mais difícil...
De sua vida agora alegre e tranquila...

Como? Perguntava-se...
Como ele havia chegado aquele estado triste!
Jogado às traças, desprezado...
Ignorado pelo mundo a sua volta?
Irreconhecível diante do passado que “já era”...

Oh! Meu amigo! Por que não me procurastes?
Estou aqui agora para retribuir o que a mim fizeste.
Não tema! Pegue minha mão e comigo caminhe,
Ao encontro do recomeço.
É o que peço e te ofereço!

Oh, pobre de mim, amigo meu!
Não posso aceitar...
Estou aqui a expiar o passado sombrio...
Que está a me cobrar!
O que preciso agora é de perdão!

Não meu irmão!
O perdão já se deu...
No momento em que Deus me guiou,
Ao teu encontro e auxílio!
Venha comigo, esqueça o passado...
Recomece com um ombro amigo!

Não sei se posso, ou mereço...
Mas aceito a mão estendida,
Pois não agarrar esta chance
Seria orgulho ferido,
Vaidade cultivada,
E egoísmo nada divino!

Foi assim que busquei um irmão...
Amigo daquela vida,
Benfeitor de outras épocas...
Necessitado daquela oportunidade!

Foi com ele que aprendi,
Que o Cristo sempre oferece
A mão estendida...
O que seria de mim
Caso renegasse o que sabia?

Seria um bárbaro,
Repetente das barbáries da vida!
Réprobo diante de luzes
Da verdadeira alforria!

Sodré, o ritmista – 01.06.12

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