Esclarecendo Dúvidas: Profanação do Dom Artístico
O que acontece com o artista que profana o dom da arte?
O artista é como um soldado da providência divina! Tem por missão operar e transmitir aos seus contemporâneos as belezas espirituais a fim de elevar os sentimentos das criaturas1 que observam, veem, escutam, tocam e sentem as manifestações da arte.
A arte sensibiliza como nenhuma outra manifestação universal os sentimentos mais íntimos do espírito imortal. Através dela conseguem despertar2 os corações perdidos, conseguem fortalecer as conquistas já realizadas dando forças para continuar na lide do amor e do progresso espiritual.
Quanto ao artista. A arte proporciona evolução física e moral! Além é claro, de evolução intelectual! O artista acaba sendo como uma escultura. É modelado através de um trabalho moroso, gracioso e doloroso, mas que dá resultados extremamente gratificantes! Caso ele se enverede pelos caminhos da profanação dos dons recebidos e dos quais se incumbiu de elevar a bondade e a beleza da vida eterna, trás para si uma série de distúrbios para o seu espírito3. Pois desencaminha outros tantos irmãos de caminhada, como se fosse uma avalanche!
O desvio das virtudes, o desvio da arte4 no caminho do bem só faz perder a si mesmo e a tantos outros que lhe admiram e lhe seguem. O artista é um condutor de ideais e de atitudes. É um exemplo a ser seguido. Um modelo. Ao portar-se como um modelo que profana as Leis Divinas, carrega uma multidão de seres encarnados e desencarnados para o mesmo caminho. Assume uma responsabilidade imensa perante as Leis de Deus. Com tal desvirtuamento, acaba acarretando imensas expiações futuras que deverão ser cobradas pela Lei de Ação e Reação.
Temos casos inúmeros de artistas que se drogam e que além de se perderem perante os vícios materiais e morais, incentivam outros milhares ou até milhões de espíritos ainda em educação moral para o mesmo caminho. Já imaginaram quanto tempo e quantos esforços terá que fazer para consertar tais influências do qual foi o responsável. O que terá que fazer para recuperar o tempo perdido consigo e para com os outros que influenciou negativamente.
Após o desencarne, geralmente, reconhece o quanto errou e pede nova oportunidade a Deus para reparar os seus erros através da própria arte. Acontece que muitos que retornam tentando recuperar, caem no mesmo caminho infeliz de antanho.
Assim, por misericórdia divina, Deus lhes concede uma trégua e inibe novas oportunidades através da arte para que possam re-equilibrar o próprio ser. A fim de que depois de tal fortalecimento, possam retornar pela arte realizando o trabalho em favor do próximo. A arte é uma grande benção para que o espírito recupere a si mesmo no caminho do amor5, mas também pode arrastar para grandes perdas do espírito, caso mal conduzida.
Artistas verifiquem através da própria consciência se a arte que realizam arrasta por exemplos de bondade e amor, ou se desviam os caráteres e os vícios da alma de si mesmo e dos que lhes admiram. Aí estará sua proteção. Orem e vigiem para que não caiam em tentação e sigam no caminho da arte espiritualizada e bondosa. Deus se manifesta sempre através da Sua arte da vida!
Jesair e amiGOS – 25.05.12
1 – “O artista verdadeiro é sempre o “médium” das belezas eternas, e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o Infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor.” (EMMANUEL. O Consolador. 28 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
2 - “[...] Vários espíritos de artistas se apresentam em determinada região do astral inferior e, através da música, tocam no coração e na intimidade daqueles que ainda não despertaram para a vida espiritual. Quando a arte, a poesia, a música e outros talentos são utilizados com o objetivo de tocar os corações mais materializados, essas almas sofridas modificam a sintonia íntima. Em momentos como estes, durante e após as apresentações artísticas, uma legião de espíritos do bem passa a encontrar naqueles que compõem a multidão desnorteada o clima íntimo propício para que sejam auxiliados. [...]. A arte eleva a alma. Com a sensibilidade aflorada, a multidão torna-se mais acessível ao socorro dos espíritos chamados samaritanos. Milhares de desencarnados são retirados das regiões inferiores durante nosso espetáculo. [...]. Você poderá utilizar do seu rock, da sua arte e da sua música para acordar a multidão de espíritos rebeldes, dependentes químicos, drogaditos, sexólatras... Repare que a vida aproveita os nossos talentos para auxiliar aqueles que se encontram em situação semelhante à nossa.” (PINHEIRO, Robson. Faz Parte do Meu Show. 1.ed. Casa dos Espíritos, 2010)
3 – “Não têm sido poucos os homens e as mulheres que se reencarnaram nas fileiras da Doutrina Espírita, conduzindo altas responsabilidades em torno da sua divulgação e vivência corretas. Nada obstante, após alcançarem a notoriedade e mesmo certa responsabilidade no Movimento, vêm tombando ante as facilidades [...], comprometendo-se gravemente e gerando perturbação nos companheiros que, aturdidos, constatam que a sua não era uma conduta exemplar, nem autêntica. [...] Normalmente compadeço-me desses companheiros que permanecem equivocados, divulgando as notícias do Mundo Espiritual, em que parecem não acreditar, já que se comportam de maneira inadequada em torno da imortalidade da alma e da justiça das reencarnações. É como se ignorassem que irão despertar com o patrimônio acumulado e as conquistas realizadas, não se podendo furtar à presença da consciência que, então desperta, apresentará os fatos de maneira vigorosa, exigindo reparação, nesse momento impossível, abrindo espaço para a consciência de culpa, suplicando retorno à Terra imediatamente, o que já não será tão fácil de conseguir.” (MIRANDA, Manoel Philomeno de. Sexo e Obsessão. Salvador: Alvorada, 2002)
4 – “[...] Em nossos dias, muito frequentemente a arte é aviltada, desviada do seu objetivo, escravizada por mesquinhas teorias de escola e, principalmente, considerada como um meio de chegar à fortuna, às honras terrestres. Emprega-se a arte para adular as más paixões, para superexcitar os sentidos, e assim faz-se da arte um meio de aviltamento. Quase todos aqueles que receberam a sagrada missão de conduzir as almas para o alto se eximiram dessa tarefa. Eles se tornaram culpados de um crime, recusando-se a instruir e a esclarecer sociedades, perpetuando a desordem moral e todos os males que se precipitam sobre a humanidade. [...] A verdadeira arte não procura os prazeres da mesa, da carne, e aqueles dos quais o espírito e o cérebro não participam.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1.ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
5 - “[...]. A arte é, por si mesma, plena de ensinamentos, de revelações, de luz. Ela arrasta a alma em direção às regiões da vida espiritual, que é a verdadeira vida, e que a alma anseia tornar a encontrar um dia. A arte bem compreendida é um poderoso meio de elevação e de renovação. É a fonte dos mais puros prazeres da alma; ela embeleza a vida, sustenta e consola na provação e traça para o espírito, antecipadamente, as rotas para o céu. Quando a arte é sustentada, inspirada por uma fé sincera, por um nobre ideal é sempre uma fonte fecunda de instrução, um meio incomparável de civilização e de aperfeiçoamento.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1.ed. Rio de Janeiro: Léon Denis, 2006)
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