O Menino Olhava as Estrelas no Céu
Desviando para um lado e para o outro...
Procurava atravessar suas visões
Para além dos arranha-céus!
Na noite enluarada,
Com a nitidez da visão prateada
Do céu que vibrava quase na alvorada,
O menino na relva sentava...
Olhos compridos no infinito,
Coração aquecido,
Esperançoso e enternecido
Para receber o Recado Divino!
Em prece de coração,
Com a mente desanuviando qualquer emoção,
Que embotasse a má recepção
Da mensagem que esperava há um tempão!
O menino rogou ao Pai!
Senhor dos mundos,
Que lhe trouxesse forças distantes
Para a provação que agora percorria...
Perder os pais era triste...
Mas sabia que alguma coisa Deus queria...
Com sua alma pequena, mas valente e sadia!
O que era então, meu Deus?
Instigar a compaixão aos órfãos do mundo,
Que como ele não teriam o acalento materno,
Nem a proteção do lado paterno...
Foi naquela noite estrelada,
Iluminada por suas lágrimas,
Que regavam o coração
Em verdadeiros sentimentos da boa alvorada...
Que o menino se protegeu!
E um sonho pequeno surgiu...
Vibrando interiormente
Para transformá-lo em reais fatos viventes
De seu futuro ainda por vir!
Crescendo...
Homem se tornou!
O seu sonho alcançou...
Lançando redes de amor fraterno
Buscando ser o pai dos órfãos!
Espelho das boas lembranças,
Que seus pais lhe deixaram,
Ainda na pouca idade já distante!
O que é um sonho? Pensava...
É um projeto de luz!
Pensamento iluminado,
Que à bondade conduz!
Sodré, o ritmista – 11.06.12
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