Um Pedido e Um Olhar

Quando um coração busca acalentar uma alma alheia, Deus olha por nós abrindo portas e possibilidades para a concretização das boas intenções.
Foi num momento assim, em que alma caridosa andava pelas ruas de uma cidade qualquer do mundo. Entre a pobreza e a riqueza social, pobre e simples senhora procurava estender seus olhares, seus braços em direção ao sofrimento alheio.
Mas como saber verdadeiramente quem eram aqueles que sofriam de forma real. Na verdade, ela sabia que todos sofrem de um jeito ou de outro.
Entretanto, quando olhava nos olhos conseguia entrever nas entrelinhas dos corações a sua frente aqueles que pediam e ardiam por sede de justiça e amor fraterno!
Eram olhares irresistíveis, inconfundíveis! Nos quais os sofrimentos guardados a sete chaves estavam refletidos naquelas janelas da alma. Eram pedidos sem articular qualquer palavra. Eram olhares que diziam mais do que um livro extenso da vida. E aquela mulher franzina e ao mesmo tempo forte, determinada identificava aqueles que na sua humildade mais necessitavam e procuravam até mesmo não pedir a não ser quando já não tinham mais a quem ou onde recorrerem. O desespero, as aflições e as dores da vida transformam os corações sofredores.
A fome dos seus é faca pontiaguda a penetrar no peito dilacerando a alma. E em todos aqueles anos de experiência no trato com os sofredores, deu a esta nossa amiga a sensibilidade de saber a verdade por detrás de cada olhar.
Movimentou-se enquanto pôde para angariar os recursos necessários a fim de auxiliar pais, mães, filhos, irmãos, desabrigados, desprotegidos, viciados, prostitutas, perdidos perante o mundo. Ajudou sem perguntar o que eles deviam diante de Deus. Apesar de saber intuitivamente o que havia, nada revelava, muito menos julgava. Isto só lhe servia para querer mais auxiliar!
O tempo passou, os passos e forças físicas diminuíram aos poucos, mas insistiram em estar ali até o fim dos tempos da carne. Partiu-se deste plano da matéria para assumir a consciência de si mesma no mundo dos espíritos.
Fez tantas realizações que uma multidão lhe recebeu agradecidos pela mãe Tereza! Com a mesma energia dedicada aos pequenos do mundo, negou ter algum valor e afirmou ser apenas uma serva!
Agradeceu a Deus por tê-la criado e oferecido a oportunidade de amar sem distinção! Pediu a Deus com um olhar compassivo, o direito de continuar na mesma tarefa: auxiliar! E foi atendida regiamente! Obrigada Tereza, mãe dos pequeninos!
Abigail – 13.08.12

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