Esclarecendo Dúvidas - A Responsabilidade dos Artistas que Reencarnam

Ivone Pereira, em sua obra “Devassando o Invisível” afirma que Espíritos como Chopin, Beethoven, Mozart, Bellini, Rossini, são naturalmente bondosos e não têm necessidade de reencarnar porque geralmente progridem na espiritualidade1. Contudo, mesmo assim reencarnam para auxiliar a humanidade, passando mais por provações do que expiações. Qual é a responsabilidade destes Espíritos perante a sociedade?
Quanto maior o conhecimento, maior é a responsabilidade. Aqueles irmãos que possuem um grau maior de experiências são sempre chamados a guiar os que ainda são inexperientes. No entanto, necessitam ter autocrítica e consciência de que devem ser mais vigilantes e responsáveis pelo dom que adquiriram nas experiências anteriores através do esforço próprio, mas também das bênçãos dos céus!
A responsabilidade desses Espíritos citados, assim como outros tantos que retornam a cada dia para encarnarem entre a humanidade terrena é enorme. Pois como já refletimos, a arte tem um poder muito grande e auxilia com intensidade aguda na evolução do espírito imortal, estejam eles encarnados ou desencarnados.
A responsabilidade se torna maior no plano material, justamente porque nesta dimensão, a matéria ainda sobrepuja os valores espirituais pela ignorância do ser humano. Assim, a arte torna-se um elemento essencial que carrega luz e sabedoria, estímulo e graça, verdade e vida aos seres viventes da terceira dimensão. Carregando tais conhecimentos artísticos, tais artistas serão além de artistas, mestres que deverão dar o bom exemplo não apenas nas suas manifestações de arte, mas principalmente na vida, na sua conduta correta perante os valores do espírito!
Aquele artista que sabe o seu dever de ser bom, de fazer a boa e bela arte e de viver aquela bondade e amor exaltados por sua manifestação artista torna-se completo. Materializa-se como um missionário divino não apenas da arte, mas do futuro da humanidade! Sim, o futuro da humanidade alia os conhecimentos nas diversas áreas à bondade e ao amor universal! A arte engloba vários destes conhecimentos, assim como os sentimentos de amor e fraternidade.
Portanto, a responsabilidade destes irmãos que não necessitam de reencarnação entre nós é grande, mas ao mesmo tempo são altamente assistidos2 para que cumpram o que vieram fazer. Suas provas são de acordo com suas capacidades, e por serem seres de alta influência sobre a humanidade são acompanhados por uma equipe espiritual que lhes inspira e apoia em sua trajetória humana.
Contudo, caso desviem do bom caminho, podem adquirir dívidas enormes, difíceis de mensurar, pois como têm carisma muito grande perante os que os admiram, acabam levando muitos desses admiradores para o mesmo equívoco praticado.
Entretanto, não temam, pois Deus sempre está a lhes guiar, aliás, a guiar a todos nós para o melhor caminho! Basta sermos dóceis e fortes para vencer a nós mesmos para o bem e para o amor!
Jesair e amiGOS – 01.06.12
1 – “[...] O artista, na sua evolução pelo roteiro do Saber, dentro da Arte, há de passar por todas as facetas, sublimando-se até à comunhão com o Divino. E que Espíritos como Chopin, Beethoven, Mozart, Bellini, Rossini, etc., naturalmente bondosos, embora ainda não santificados ou plenamente redimidos, não têm grande necessidade da reencarnação, porque progredirão mesmo no Espaço – a habitação normal dos seres espirituais, a verdadeira Pátria, como casa paterna; que vêm à Terra quando o desejam, e por uma especial solidariedade para com os humanos, a fim de estimularem entre estes o amor pelo Belo, pois que esse atributo, o Belo, é tão necessário às almas em progresso quanto o Amor, visto tratar-se também de um dos atributos do próprio Criador de Todas as Coisas, e que, sendo o Universo uma expressão da Beleza Divina, e sendo o homem destinado a se tornar a imagem e a semelhança de Deus, deverá igualmente comungar com o Belo, a fim de poder compreender o Universo e com ele vibrar em toda a sua arrebatadora, feérica e harmoniosa beleza. No entanto, todos os grandes artistas e gênios consagrados ao Belo deverão passar, outrossim, pelos ásperos caminhos das experiências e dos testemunhos, embora muitas vezes sem o caráter expiatório, até que, como toda a humanidade, cumpram os ditames da Lei de Amor a Deus e ao Próximo, a par da própria característica de intérpretes do Belo Através das Artes.” (PEREIRA, Yvone do Amaral. Devassando o Invisível. 3. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
2 – “[...] Observei que dois espíritos que estavam no meio da multidão se aproximaram um do outro. Eram Teresa de Calcutá e Joseph Gleber. Olharam-se, como a conhecer em profundidade os pensamentos um do outro, quando Teresa envolveu com seu braço o de Joseph Gleber, num gesto típico de amizade. Espíritos diferentes, de formação cultural diferente, com trabalhos aparentemente em campos também diferentes, mas unidos pelo amor à humanidade. Teresa tomou a palavra, dirigindo-se ao emissário superior:
- Queria fazer um pedido especial à nossa mãe Maria de Nazaré: disse Teresa, visivelmente emocionada. - Sinto que na Terra ficarão almas mais comprometidas com o bem da humanidade que a habitará por longo período; seres já esclarecidos e fiéis aos ideais de Cristo, embora os imensos desafios que enfrentarão para a reconstrução da civilização. Por isso peço, com o amor que me inspira nossa mãe santíssima, que me conceda a oportunidade de ser a primeira a ser levada para o mundo primitivo. Sou uma mulher acostumada com os desafios de meus irmãos mais sofredores, e onde encontrarei maior sofrimento e mais pessoas necessitadas do que entre os deportados? Para mim, será uma honra estar em algum desses mundos, revestida do corpo que a Providência me proporcionar, a fim de receber em meus braços aqueles que sofrem e os oprimidos pelas culpas e remorsos. Disponho-me, como mensageira da escuridão, a acolher aqueles que estarão nas trevas da alma, precisando de apoio, orientação; de um abraço amigo. Enxugarei as lágrimas dos que se acham vencidos, dos que ainda estagiarão na angústia, nos séculos vindouros. Serei para eles a mãe que os abrigará ao colo; intercederei por eles em oração em meio aos pântanos, aos desafios, ajudando-os a cessar o pranto e incentivando-os ao recomeço e à continuidade das tarefas que os aguardam. Não sei viver entre os bons; não sei me portar conforme se espera dos mais evolvidos. Sou apenas uma mulher, um lápis qualquer que almeja ser usado para rabiscar, no papel rasgado das almas humanas, a palavra amor. Enfim, quero ser instrumento de Cristo junto aos seus convidados para as outras moradas da casa de nosso Pai.
Antes que a multidão surpresa demonstrasse a emoção que havia contaminado a todos, Joseph Gleber tomou a palavra, emendando a rogativa dirigida ao mensageiro espiritual:
- A mim cabe cuidar de meus irmãos que precisarão de apoio para sarar suas feridas. Ofereço-me e peço, com todas as forças de minha alma, àquela que representa perante a humanidade a misericórdia divina, emoldurada na forma de mãe, que me conceda a honra de servir no novo mundo, de ser transferido para o novo lar dos homens desterrados, dos filhos de Eva, para ali ajudar os sofredores, curando suas feridas e administrando a medicina espiritual entre os que padecem. Na Terra, permanecerão almas experimentadas e lúcidas entre aqueles de boa vontade, que saberão reconstruir a civilização e as bases de um mundo melhor. Eu me sentirei mais feliz em meio àqueles desafios, entre as sombras dos mundos que servirão de escola abençoada e se constituirão em campo de labor para os degredados. Permita-me mãe dos desvalidos que eu seja ali um instrumento para aplacar a dor, enquanto meu espírito aprenderá, no novo mundo chamado primitivo, as noções de amor e fraternidade [...]. Em resumo, poderei me sentir mais útil entre os que sofrem, uma vez que eu mesmo me vejo profundamente endividado, reclamando ambiente de trabalho mais adequado às minhas necessidades de aprender a amar e servir. [...]:
- Meus amigos, meus companheiros de trabalho, assim que fizeram suas súplicas, saiu a ordem. Venho aqui em nome da misericórdia daquela que representa na Terra a bondade em forma de mãe. Venho em nome do coração amoroso que recebeu em seu seio o representante das estrelas, Cristo Jesus, nosso Senhor. O pedido de vocês foi aceito e serão meus companheiros pessoais, pois eu mesmo irei também, como representante da justiça divina, conduzir os milhões de espíritos para o novo lar, a nova morada espiritual. Durante os milênios que aguardam as novas experiências dessa parcela da humanidade, vocês serão como estrelas guias na noite dos desafios e obstáculos a serem vencidos nos mundos da imensidade. Maria aceitou a oferta sincera de suas almas.
[...] A presença elevada daquele que, de acordo com minha interpretação, era nada menos do que Miguel, o príncipe dos exércitos celestes.” (INÁCIO, Ângelo. O Fim da Escuridão. Contagem: Casa dos Espíritos, 2012)

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